Não sei quando foi a primeira vez que ouvi falar do "Catalina", este magnífico hidrovião bombardeiro americano do início da segunda guerra mundial, mas sei quando foi a primeira vez que o vi: em pleno céu, à minha frente quando estava nos comandos de um Messerschmit 109 E. Não foi nos meus sonhos, mas lá perto, enquanto jogava o simulador War Thunder, de que já aqui falei recentemente.
Fiquei surpreendido com o Catalina[1]. Achei-o grande, lento e inútil. Com uma certa beleza rude, é verdade, mas incapaz de se aguentar contra um caça topo de gama da mesma época. No entanto, depois de perder o meu avião, ou melhor depois de perder muitos aviões a tentar abater estes PBY começei a achar que talvez estivesse perante algo mais interessante do que originalmente tinha pensado. Quando comecei a voar com um destes hidroviões, apercebi-me rapidamente da sua capacidade de voar com enorme dano, e ainda que era um avião preferido de muitos outros jogadores. E é aqui que saímos do jogo entramos na parte histórica do avião.
O PBY-5 Catalina[2] é o hidroavião produzido em maiores quantidades alguma vez feito. Já era considerado obsoleto quando a guerra começou, mas os sucessivos barcos voadores que forem sendo criados e produzidos não lhe conseguiram nunca roubar definitivamente o lugar. Na realidade este avião era a mais formidável arma anti-submarino que os aliados tiveram durante toda a guerra. Tinha um alcance superior a 4000 km, tinha a possibilidade de aterrar na água para recuperar feridos e dar apoio a embarcações e levava consigo uma carga letal (1800 kg) de bombas de profundidade ou torpedos. Foi também um destes que conseguiu finalmente encontrar o couraçado Bismarck, que depois de uma longa batalha onde participaram mais de 100 navios, foi afundado na sua viagem inaugural pelo Atlântico ao largo de Brest, França[3].
Para a história ficam também os famosos Black Cats, uma esquadrilha de Catalinas totalmente pintados de preto que operou no Pacífico durante a guerra e que fazia bombardeamentos noturnos, reconhecimento e salvamento de tripulações de barcos afundados.
Este avião teve uma longa utilização por outras forças aéreas, tendo sido utilizado no Brasil até 1982 para vigilância costeira e apoio às populações no extremo interior da Amazónia. Das dúzias de Catalina's ainda a voar hoje em dia, a maioria fazem-no nos serviços aéreos de bombeiros.
Numa nota menos feliz, Philippe Cousteau[4], filho do famoso explorador françês Jacques-Yves Custeau, perdeu a vida no seu Catalina no rio Tejo, junta a Alverca em 1979[5]. O acidente deu-se quando testavam o avião, já na água e a alta velocidade.
Deixo-vos aqui um documentário sobre este espectacular avião. Um documentário "dos antigos", só com imagens da época e ainda sem o apoio das imagens de computador[6].
"Canso A" (Catalina produzido no Canada, usava a denominação "Canso" sendo o "A" relativo à versão anfíbia. |
Fiquei surpreendido com o Catalina[1]. Achei-o grande, lento e inútil. Com uma certa beleza rude, é verdade, mas incapaz de se aguentar contra um caça topo de gama da mesma época. No entanto, depois de perder o meu avião, ou melhor depois de perder muitos aviões a tentar abater estes PBY começei a achar que talvez estivesse perante algo mais interessante do que originalmente tinha pensado. Quando comecei a voar com um destes hidroviões, apercebi-me rapidamente da sua capacidade de voar com enorme dano, e ainda que era um avião preferido de muitos outros jogadores. E é aqui que saímos do jogo entramos na parte histórica do avião.
O PBY-5 Catalina[2] é o hidroavião produzido em maiores quantidades alguma vez feito. Já era considerado obsoleto quando a guerra começou, mas os sucessivos barcos voadores que forem sendo criados e produzidos não lhe conseguiram nunca roubar definitivamente o lugar. Na realidade este avião era a mais formidável arma anti-submarino que os aliados tiveram durante toda a guerra. Tinha um alcance superior a 4000 km, tinha a possibilidade de aterrar na água para recuperar feridos e dar apoio a embarcações e levava consigo uma carga letal (1800 kg) de bombas de profundidade ou torpedos. Foi também um destes que conseguiu finalmente encontrar o couraçado Bismarck, que depois de uma longa batalha onde participaram mais de 100 navios, foi afundado na sua viagem inaugural pelo Atlântico ao largo de Brest, França[3].
Para a história ficam também os famosos Black Cats, uma esquadrilha de Catalinas totalmente pintados de preto que operou no Pacífico durante a guerra e que fazia bombardeamentos noturnos, reconhecimento e salvamento de tripulações de barcos afundados.
PBY-6 Catalina de Philippe Cousteau, nas OGMA em Portugal, um dia antes do seu trágico fim |
Numa nota menos feliz, Philippe Cousteau[4], filho do famoso explorador françês Jacques-Yves Custeau, perdeu a vida no seu Catalina no rio Tejo, junta a Alverca em 1979[5]. O acidente deu-se quando testavam o avião, já na água e a alta velocidade.
Deixo-vos aqui um documentário sobre este espectacular avião. Um documentário "dos antigos", só com imagens da época e ainda sem o apoio das imagens de computador[6].
Sem comentários:
Enviar um comentário