Quem utiliza bombardeamentos massivos em cima de um território fechado onde a população não tem por onde fugir não pode esperar outra coisa senão a morte de civis. Muitos civis. Desta vez Israel acertou numa escola das Nações Unidas, no campo de refugiados de Jabaliya na faixa de Gaza. Provavelmente não terá sido de propósito (ao contrário do ataque à escola da ONU em Gaza em 2009 com fósforo branco), mas deixou 15 mortos e 200 feridos, subindo os totais para 1360 mortos e 7000 feridos.
Para quê? Que espera a liderança israelita desta guerra? Capitulação? E se o Hamas se rendesse, será Israel daria plenos direitos aos não-judeus? Poderiam os parlamentares israelitas árabes voltar a falar livremente no parlamento? Porderiam integrar o exército israelita? Os milhões de refugiados e descendentes de refugiados palestinianos de todas estas guerras poderiam regressar às suas terras? Tornariam o país plenamente democrático e binacional? Permitiriam uma solução de dois estados? Retirariam o meio milhão de colonos judeus que colocaram na Cisjordânia?
A resposta é sempre não. Israel não quer ser um país democrático e inclusivo. Não quer que exista um país chamado Palestina. Para uma parte considerável dos judeus israelitas, os palestinianos deviam simplesmente deixar de existir. Desaparecer do mapa e ir para longe. Muito longe. E deixarem essas terras todas de Eretz Israel para o povo que Deus escolheu. O objectivo, para estes, é apenas de tornar a vida tão difícil que acabem por se ir todos embora para o Egipto, Jordânia, Síria ou Líbano.
O problema é que estes países também não os querem. E os palestinianos vêm-se na mesma situação os judeus dos anos 30 e 40. É pena que para a direita ortodoxa israelita a frase "Holocausto nunca mais" se tenha acabado por transformar em "Holocausto - para nós - nunca mais".
PS: Uma palavra especial para os muitos judeus em Israel e nos Estados Unidos que continuam a exigir paz e o fazem abertamente sabendo as repercursões sociais, académicas e profissionais de tal opção.
PS2: Sobre o Hamas: É uma organização política e religiosa cuja liderança e rumo é idiota e primitiva e causadora de inúmeras infelicidades para os povos palestiniano e israelita. O seu sucesso político é resultado directo da incapacidade da Fatah em conseguir concessões de Israel e da sua profunda corrupção. São de culpados de muita coisa, mas não desta guerra.
Para quê? Que espera a liderança israelita desta guerra? Capitulação? E se o Hamas se rendesse, será Israel daria plenos direitos aos não-judeus? Poderiam os parlamentares israelitas árabes voltar a falar livremente no parlamento? Porderiam integrar o exército israelita? Os milhões de refugiados e descendentes de refugiados palestinianos de todas estas guerras poderiam regressar às suas terras? Tornariam o país plenamente democrático e binacional? Permitiriam uma solução de dois estados? Retirariam o meio milhão de colonos judeus que colocaram na Cisjordânia?
A resposta é sempre não. Israel não quer ser um país democrático e inclusivo. Não quer que exista um país chamado Palestina. Para uma parte considerável dos judeus israelitas, os palestinianos deviam simplesmente deixar de existir. Desaparecer do mapa e ir para longe. Muito longe. E deixarem essas terras todas de Eretz Israel para o povo que Deus escolheu. O objectivo, para estes, é apenas de tornar a vida tão difícil que acabem por se ir todos embora para o Egipto, Jordânia, Síria ou Líbano.
O problema é que estes países também não os querem. E os palestinianos vêm-se na mesma situação os judeus dos anos 30 e 40. É pena que para a direita ortodoxa israelita a frase "Holocausto nunca mais" se tenha acabado por transformar em "Holocausto - para nós - nunca mais".
PS: Uma palavra especial para os muitos judeus em Israel e nos Estados Unidos que continuam a exigir paz e o fazem abertamente sabendo as repercursões sociais, académicas e profissionais de tal opção.
PS2: Sobre o Hamas: É uma organização política e religiosa cuja liderança e rumo é idiota e primitiva e causadora de inúmeras infelicidades para os povos palestiniano e israelita. O seu sucesso político é resultado directo da incapacidade da Fatah em conseguir concessões de Israel e da sua profunda corrupção. São de culpados de muita coisa, mas não desta guerra.