quinta-feira, 18 de julho de 2013

Bismarck

Bismarck
A curta história do Bismarck[1], o super-couraçado nazi que ultrapassava tudo o que marinha inglesa da segunda-guerra mundial tinha, é um dos momentos decisivos do cenário europeu. Navio almirante da Kriegsmarine, com uma tripulação de 2000 marinheiros e um total de 55 mil toneladas, este era um dos mais poderosos navios de guerra alguma vez feitos. O seu armamento, velocidade e poder de fogo eram simplesmente superiores aos dos seus inimigo. A sua missão era juntar-se às alcateias de submarinos no Atlântico Norte e impor o bloqueio naval sobre o Reino Unido. O espectacular navio era - como tantos outros antes dele - considerado inafundável.

Na sua primeira viagem, afunda o navio almirante britânico, o Cruzador de Batalha HMS Hood com um único tiro certeiro. Praticamente todos os navios disponíveis da marinha britânica são então lançadas sobre o Bismarck. O final, como quase sempre acontece na guerra, é trágico. Nestes dias, milhares de homens dos dois lados morrerão no mar, abandonados pelos navios que os poderiam ter salvo. Golpes de sorte e azar definem o vencedor e, para a história, fica as intermináveis discussões habituais: o que poderiam ter acontecido se não tivessem tido sorte/azar? que poderia ter sido feito para evitar esse final?

Uma última questão que não é colocada neste brilhante documentário: para quê construir couraçados numa era em que pequenos aviões com um torpedo os conseguiam destruir? Na realidade, mesmo os japoneses que perceberam a fraqueza dos grandes navios e fizeram de Pearl Harbour um dos mais espectaculares ataques surpresa da história militar não conseguiram evitar gastar quantidades inacreditáveis de recursos para construir dois couraçados que ultrpassavam até o famoso Bismarck (e o respectivo gémeo Tirpitz[2]). Com um total de 72.000 toneladas, o Yamato[3] e o Musashi[4], provaram-se igualmente inúteis e indefensáveis.

Este documentário[5] utiliza de forma bastante elegante as novas tecnologias, criando imagens CGI dos navios e das batalhas durante esses decisivos dias de Maio de 1941, com entrevistas com os últimos sobreviventes de alguns dos navios envolvidos na batalha, com os detalhes de uma expedição submarina. Muito interessante, e com alguns detalhes interessantes sobre a questão dos radares, que não tinha visto desenvolvida noutros documentários.




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