terça-feira, 17 de setembro de 2013

Putin vs Obama

Nestes dias estranhos da crise Síria, Putin, o pacífico, contra Obama, o agressor. Quem diria...



Fonte: politicalhumor.about.com

4 comentários:

  1. Boa noite,

    Putin ex-agente da extinta KGB, antigo chefe da FSB, joga sujo quando tem de jogar, não arrisca quando sabe que a vitória não é segura, é perseverante, sabe esperar até que sua presa cometa um deslize para depois atacar jogando sempre com as armas do inimigo e mantendo-se sempre um passo à frente dele, a prova está a vista, Putin surpreendeu não só a mim, não só ao mundo, mas ao governo dos EUA principalmente, revelado ser inteligente na foram de falar, de comunicar, expor ideias, e de confrontar e por de mãos atadas os EUA e em embaraço Obama, é obra!

    Nunca pensei que Putin fosse assim tão minucioso nas suas atitudes. Realmente estou surpreso e não sou o único de certo como já referi.

    O Sir Obama, não passa de uma marioneta dos senhores da guerra que querem despachar algum material bélico, uma espécie de actor que faz publicidade aos EUA de forma muito subtil e com um humor de muito boa qualidade, excelente comunicador, mas fraco no seu desempenho como "líder", dando a mostrar as suas lacunas e do seu governo, metendo os pés pelas mãos na hora da verdade, tendo pela primeira vez um grande teste no qual podia provar as suas habilidades no verdadeiro mundo geopolítico, falhando redondamente.

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    1. Caro Fábio Gomes

      Concordo em absoluto com todo o seu comentário.

      Em relação ao Putin, acrescento só um dado que me parece interessante: Putin escreveu na semana passada um artigo de opinião (ou, se preferirmos um apelo directo ao povo americano) brilhante no New York Times explicando porque tinha tomado as atitudes que tomou e porque motivo os americanos deveriam estar com a Rússia neste assunto.

      http://www.nytimes.com/2013/09/12/opinion/putin-plea-for-caution-from-russia-on-syria.html?pagewanted=all&_r=2&

      Quanto a Obama, parece-me que é uma verdadeira desilusão. Às vezes tenho a sensação que G.W.Bush se deve rir a ver o telejornal. As guerras que Obama não acabou (Afeganistão), as que abandonou à sua sorte (Iraque, Líbia) as que não conseguiu começar (Síria e Irão) e as que não admite que está a combater (Paquistão e Yemen).

      E entretanto, Guantánamo ainda lá está. Os drones continuam a matar. O orçamento militar americano continua em grande. Israel continua a fazer o que quer dos seus vizinhos. A Primavera Árabe ameaça tornar-se num inverno muito longo e sangrento. E em tudo isto Obama parece deixar andar e quanto actua parece sempre piorar a situação.

      Cumprimentos,

      António

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    2. Caro António,

      Obrigado pelo link da "carta" dirigida aos Americanos, fiquei ainda mais boquiaberto com V. Putin, este revelou bastante maturidade no que diz respeito a relações internacionais, além do mais deu mais credibilidade à Rússia pós URSS e apesar de ter a escola soviética, Putin aprimorou a forma de agir e de pensar.

      Deixando de forma clara uma forte mensagem anti-bélica, como podemos verificar em alguns parágrafos como este:

      "A strike would increase violence and unleash a new wave of terrorism. It could undermine multilateral efforts to resolve the Iranian nuclear problem and the Israeli-Palestinian conflict and further destabilize the Middle East and North Africa. It could throw the entire system of international law and order out of balance. "

      Querendo evitar futuros atritos, guerras e uma corrida bélica parte de outros países (refiro me a armas de destruição maciça) no Médio Oriente, e também salvaguardando os interesses da Rússia como é lógico.

      Acho que os senhores da guerra e Obama vão aclamar com este belíssimo acto de diplomacia desejando resolver tudo de forma pacifica, o mundo precisava de um exemplo e a nova Rússia fez questão de mostrar ao "Berço da Democracia" como se deve fazer.

      Os melhores cumprimentos,

      Fábio.

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    3. Caro Fábio

      De facto também fiquei impressionado com a forma como Putin geriu a crise. De qualquer forma, embora lhe admire essas qualidades, tenho dificuldade em vê-lo como um homem de paz. Parece-me uma situação perfeitamente contextual e gostava de ver o que ele pretende fazer na Georgia, Ingushetia e Chechenia.

      Abraço

      António

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