quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Impunidade Total

Ziad Abu Ein
Se houve algo que aprendi nos anos que passei na Palestina e a lidar com o exército de ocupação de Israel (orweliamente entitulado de Israel Defense Force) é a da inequívoca certeza da total impunidade das forças militares, policiais e serviços secretos que lá operam. Seja no homicídio de crianças e bebés em Gaza, na invasão de casas para verem os jogos da Liga dos Campeões (como relata a ONG israelita Breaking the Silence), na prisão e violência sobre elementos de ONGs de todo o mundo até, agora, à morte de um ministro do governo da Palestina, Ziad Abu Ein. 

Desarmado, foi vítima da violência dos soldados israelitas que lhe agarraram no pescoço e bateram com um capacete durante uma demonstração pacífica. Em breve aparecerão certamente relatos de que ele morreu sozinho com um relâmpago, vítima de um ataque do Hamas ou que um ataque de coração. A irrepreensível formação do IDF e a existência de meio milhão de colonos judeus ilegais em território palestiniano também não serão postas em causa. As ajudas americanas também não vão parar. certamente não será colocada em causa. Ao soldado, certamente não acontecerá nada. Depois de uma longuíssima e cuidadosa investigação, o assunto será votado ao esquecimento, como acontece a todos os outros.

Mas, sabendo que tudo isto aconteceu na Cisjordânia e não em Tel Aviv ou Haifa, a pergunta é muito simples: o que estavam lá a fazer os soldados israelitas?

7 comentários:

  1. Veja o video inteiro e perceberas muito claramente que o Ministro palestino atacou o soldado israelense que se defendeu empurrando-o. Ai um ataque cardiaco matou o agressor.

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    1. Se alguém entrar em sua casa, apontar uma arma à cabeça dos seus filhos e você morrer de ataque de coração, temos um mero acidente vascular ou um homicídio involuntário?

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    2. Em qualquer caso ele foi agredido, em plena Cisjordânia, por um soldado israelita. Apoia?

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  2. E claro que e dessa maneira que Ala premia aos terroritas que como o ministro, explodiram pessoas inocentes. Os matando de ataque fulminante. Obrigado bom Alá.

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    1. Nem quero imaginar o que você diria dos últimos anos de Ariel Sharon... Certamente algo igualmente humanista.

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    1. Sem futuro, sem presente, sem passado. Mas continua a ser bem vindo. Os melhores cumprimentos meu caro Anónimo.

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