Este mês, os israelitas foram às urnas. Quando o mundo achava que tinha chegado o fim do reinado de Benjamin Netanyahu, a vitória clara e inesperada deu uma mensagem cristalina ao mundo: Israel escolheu o Apartheid.
E não devemos ter dúvidas em relação a isso. Nos últimos dias de campanha, quando tudo apontava para um empate técnico, Netanyahu abriu o jogo e lançou as suas cartas mais poderosas: (1) colocaria em causa a relação com a presidência americana se fosse necessário para conseguir que não existisse qualquer tratado de paz com o Irão; (2) procurou assustar a população judaica dizendo que os árabes estavam a chegar em autocarros para votar em massa, o que demonstra um absoluto racismo em relação aos israelitas não judeus e, finalmente, (3) que se ganhasse garantiria que não permitiria a existência de um estado palestiniano ou o desmantelamento dos colonatos judaicos na Cisjordânia.
Com muita razão, alguns críticos disseram que este apelo ao voto era o equivalente a Mitt Romney ter dito às televisões para os brancos irem votar porque os pretos estavam a votar aos milhões. Não seria isto racismo? Obviamente que sim. Mas aparentemente está em voga em Israel.
Ao garantir que não existirá qualquer estado Palestiniano, ele está a negar o que se tinha comprometido com os Estados Unidos e a comprovar o que muitos - incluindo eu próprio - não tinham dúvidas. De que ele nunca esteve comprometido com uma solução de dois estados (ou sequer de um estado multi-nacional). Bibi parece ter como desejo último uma limpeza étnica de milhões de muçulmanos e cristãos para lá do rio Jordão, um pesadelo que nos cabe a todos impedir.
Sem uma solução de dois estados, sem o fim da ocupação e com um mandato claro por parte dos israelitas, a decisão está tomada. Israel mostra ao mundo aquilo que quem conhece o terreno já sabia ser verdade há muito tempo: Apartheid.
Uma tristeza para os milhões de israelitas e palestinianos que realmente desejam paz, segurança e progresso e vêm o seu futuro constantemente adiado pelos (aparentemente cada vez mais) fanáticos dos dois lados da muralha...
E não devemos ter dúvidas em relação a isso. Nos últimos dias de campanha, quando tudo apontava para um empate técnico, Netanyahu abriu o jogo e lançou as suas cartas mais poderosas: (1) colocaria em causa a relação com a presidência americana se fosse necessário para conseguir que não existisse qualquer tratado de paz com o Irão; (2) procurou assustar a população judaica dizendo que os árabes estavam a chegar em autocarros para votar em massa, o que demonstra um absoluto racismo em relação aos israelitas não judeus e, finalmente, (3) que se ganhasse garantiria que não permitiria a existência de um estado palestiniano ou o desmantelamento dos colonatos judaicos na Cisjordânia.
Com muita razão, alguns críticos disseram que este apelo ao voto era o equivalente a Mitt Romney ter dito às televisões para os brancos irem votar porque os pretos estavam a votar aos milhões. Não seria isto racismo? Obviamente que sim. Mas aparentemente está em voga em Israel.
Ao garantir que não existirá qualquer estado Palestiniano, ele está a negar o que se tinha comprometido com os Estados Unidos e a comprovar o que muitos - incluindo eu próprio - não tinham dúvidas. De que ele nunca esteve comprometido com uma solução de dois estados (ou sequer de um estado multi-nacional). Bibi parece ter como desejo último uma limpeza étnica de milhões de muçulmanos e cristãos para lá do rio Jordão, um pesadelo que nos cabe a todos impedir.
Sem uma solução de dois estados, sem o fim da ocupação e com um mandato claro por parte dos israelitas, a decisão está tomada. Israel mostra ao mundo aquilo que quem conhece o terreno já sabia ser verdade há muito tempo: Apartheid.
Uma tristeza para os milhões de israelitas e palestinianos que realmente desejam paz, segurança e progresso e vêm o seu futuro constantemente adiado pelos (aparentemente cada vez mais) fanáticos dos dois lados da muralha...
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