quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Churchill 1940-1945 Os Melhores Anos

Max Hastings, autor deste livro publicado pela Civilização, assim como de outros que já aqui trouxe anteriormente (Operação Overlord) merece sem qualquer dúvida o título de um dos melhores historiadores contemporâneos. Não é fácil escrever um livro sobre Churchill quando 70 anos passaram e já tanto foi escrito. Para além disso, Winston Churchill será provavelmente uma das personagens com mais escritos livro sobre si em toda a história. 

Primeiro-Ministro inglês durante a segunda guerra mundial e líder do mundo livre durante um período em que a noite nazi caía sobre toda a europa central, Churchill aparece-nos aqui como uma personagem ainda mais complexa, desequilibrada e genial do que é habitual. Tive oportunidade de ler as memórias de Sir Winston, um livro magnífico que lhe valeu o Prémio Nobel da Literatura em 1953 [1], e a impressão com que fiquei dele era a de um homem brilhante, carregado de certezas e de alguma forma amargurado por ter perdido as eleições já mesmo no final da guerra na europa. Não pude deixar de notar também um certo tom apologético em relação a algumas das suas decisões, que foram escrutinadas ao detalhe durante e a seguir à guerra. Desde o desastre de Dunquerque, a perda da frota inglesa no índico, os erros na Grécia até à frustração da perda da Polónia para o bloco comunista (país cuja liberdade foi afinal de contas o motivo porque o Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha), todos esses eventos foram explicados por Churchill numa tentativa de limpar a sua imagem das muitas falhas cometidas pela sua liderança.

Sir Max Hastings no entanto não tem as limitações que Churchill tem a escrever sobre o assunto. Não necessita de dedicar demasiado tempo a explicar o porquê dos erros e tem o distanciamento temporal necessário para não ter que manter nada escondido (Churchill não pode revelar assuntos que eram ainda segredos de estado, tais como a descodificação do ULTRA, os códigos secretos das famosas máquinas Enigma da Alemanha). Para além de ser um historiador extremamente competente, é ainda um escritor de grande nível e um conhecedor profundo da realidade da segunda guerra mundial.

Churchill era um homem completamente fora do seu tempo. E ainda mais seria do nosso. Imperialista convicto, imaginava o lugar do Reino Unido no mundo e o seu na história. A famosa frase de Shakespeare "All the world's a stage" aplica-se melhor a este líder do que provavelmente qualquer outra pessoa antes ou depois dele. Acreditava na vitória em 1940, quando em todo o mundo a derrocada da Inglaterra era dada como garantida, desafiou Hitler a partir da sua pequena ilha e motivou os britânicos para uma vitória impossível, armou o país para lá de todas as suas capacidades humanas e financeiras e envolveu-se em todos os pormenores da guerra de forma obcecada. Cansava-se do jogo político rapidamente, não obstante ser um dos mais brilhantes oradores de que há memória e procurava pessoalmente a frente de batalha contra todas os avisos dos seus conselheiros. Foi o primeiro líder político a voar para a Normandia, dias depois do desembarque. Correu o mundo em conferências com os outros líderes, a animar as tropas e a tentar desbloquear situações militares e logísticas. Procurou batalhas mesmo quando sabia que não havia hipóteses reais de as ganhar, preocupado com o veredicto que a história lhe faria. 

E, em paralelo, acordava todas as manhãs com ideias novas e mirabolantes das quais grande parte foi vetada pelo seu gabinete ou pelos chefes de estado maior garantindo ao mundo livre uma esperança mesmo quando toda a lógica apontava em contrário. Se houve uma faceta  que me ficou marcada pela leitura deste livro, foi a de que Churchill simplesmente não permitia que a lógica lhe causasse quaisquer dúvidas na certeza da vitória. Em qualquer outra situação da vida, isto seria um erro tremendo. Possivelmente, temos ainda hoje que lhe agradecer o facto de na europa não vivermos debaixo de uma tirania nazi. Não fosse a sua voz e os seus actos e o mundo seria hoje muito diferente. E provavelmente para pior.

16 comentários:

  1. António,
    e o pdf ha? deste e de outros ja apresentados aqui.era assim uma partilha.

    obrigada.

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    1. PDF do livro? Não tenho isso.

      Eu sou dos que ainda acredita que o dinheiro gasto num bom livro é um investimento...

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  2. Caro António
    De todas as guerras do passado a 2ª G.G. foi a que melhor pôde ser documentada (e estou convencido é), no entanto, é a que é contada de forma mais distorcida de todas.
    Creio que para a compreendermos, e todas as outras, temos de nos aperceber que sem dinheiro, não há guerras. E, a razão última para a guerra, é o roubo.
    Desculpe mas discordo dessa visão de Churchil.

    Wall Street and F. D. R.
    http://www.reformation.org/wall-st-fdr.html

    Wall Street and the Bolshevik Revolution
    http://www.reformed-theology.org/html/books/bolshevik_revolution/index.html

    Wall Street and the Rise of Hitler
    http://www.reformed-theology.org/html/books/wall_street/index.html

    Entre outros, estes 3 livros que estão na net, para quem quiser perceber as afirmações que fiz.

    Conforme vão sendo abertos os arquivos dos países envolvidos, podem os historiadores analisar a 2ª G.G. com outros olhos.

    “Treaty of Versailles deprived Germany of the right to a strong army and offensive weapons, including tanks, military aircraft, heavy artillery and submarines. German commanders were unable to use German territory to train for the waging of offensive wars. So they began to make their preparations in the Soviet Union.”

    A parte mais interessante é que, “So they began to make their preparations in the Soviet Union.”

    Quem ganhou a 2ª G.G.
    “As far as Stalin was concerned, Poland had been partitioned, not in the Chancellery in Berlin, but in the Kremlin in Moscow. In effect, Stalin got the war he wanted, with a western nation destroying others around it, while Stalin remained neutral, biding his time. When, later, he got into serious difficulties, Stalin at once received help from the West.
    In the end, however, Poland, for whose liberty the West had gone to war, ended up with none at all. On the contrary, she was handed over to Stalin, along with the whole of Eastern Europe, including a part of Germany. Even so, there are some people in the West who continue to believe that the West won the Second World War.
    Hitler committed suicide; Stalin became the absolute ruler of a vast empire hostile to the West, which had been created with the help of the West.”

    “In the event of a general conflict, only one country can win. That country is the Soviet Union.
    HITLER, 1937 (In conversation with Lord Halifax, Obersalzburg, 19 November 1937)
    Etc.
    Extratos do livro Icebreaker
    Who Started the Second World War de Viktor Suvorov
    http://www.jrbooksonline.com/PDF_Books/icebreaker.pdf

    Hitler o melhor general de Estaline
    http://vessas.blogspot.pt/2010/08/hitler-o-melhor-general-de-stalin-por.html

    Pelo que expus e muito mais, não concordo com a visão de Chuchill ser um herói. Não houve lideranças inocentes, apenas criminosos (uns mais outros menos), em que alguns saíram vencedores, e como tal, são vistos como heróis, e a história, óbviamente, é por eles contada.

    “Churchill “I think a curse should rest upon me—because I am so happy. I know this war is smashing and shattering the lives of thousands every moment and yet—I cannot help it—I enjoy every second.”
    How Churchill 'starved' India
    http://www.bbc.co.uk/blogs/thereporters/soutikbiswas/2010/10/how_churchill_starved_india.html

    Churchill's Secret War,
    “... Churchill famously declared in 1942. That passion for empire did not, however, entail the duty of protecting the lives of the King's distant subjects, especially Indians, "a beastly people with a beastly religion."”
    “Churchill not only refused to help but prevented others from doing so, commenting that Indians "bred like rabbits."”
    http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/books/reviews/churchills-secret-war-by-madhusree-mukerjee-2068698.html

    http://www.amazon.com/Churchills-Secret-War-British-Ravaging/dp/0465002013
    Etc, etc

    “Through clever and constant application of propaganda, people can be made to see paradise as hell, and also the other way around to consider the most wretched sort of life as paradise.”
    Adolp HItler

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    1. Boa Tarde Carlos

      Tenho-lhe a dizer que concordo quase sem excepção com o que escreveu e vai de encontro ao conhecimento que tenho do assunto.

      Quando diz que a razão desta guerra é o Roubo, tem toda a razão. Hitler era obcecado com a ideia de "Living Space". Considerava que os alemães tinham que ter muitos filhos e que ele teria que arranjar espaço para essa gente toda. Por outro lado desejava unificar as tribos germânicas. Por isso as suas conquistas voluntários foram para os territórios onde pessoas de etnia alemã já estavam.

      Também, como todos os alemães, sofria com os resultados da WW1 e o tratado de Versailles que impôs condições draconianas à Alemanha. Não deixa de ser curioso que o facto de se terem esquecido de incluir os foguetes é um dos motivos porque o desenvolvimento destes conseguiu avançar tanto neste país. Ao contrário dos tanques, barcos de guerra e outros, a pesquisa e produção destes era legal na Alemanha entre guerras.

      Quanto às relações entre a indústria e finanças americanas e a Alemanha Nazi no período anterior à guerra (e até parcialmente entre esta) também foram mais do que muitas.

      E por fim, Stalin foi mesmo o grande vencedor da guerra. Não só destruiu o grande problema que tinha pela frente como formou um império enorme, industrializado e militarizado. Foi uma superpotência criada com o sangue dos soviéticos mas com as armas e dólares dos americanos.

      Mas isso não retira o brilhantismo do que Churchill foi nos seus "melhores anos". Quando muitos ingleses procuravam uma paz a qualquer preço com a Alemanha (depois da queda da França em 1940), Churchill recusou terminantemente qualquer demonstração de fraqueza. Manteve a moral do povo inglês em cima enquanto os bombardeiros lhes destruiam as cidades.

      Isso não faz dele um homem perfeito, longe disso. Mas foi o homem que aguentou a Europa de pé naquele verão de 1940.

      Cumprimentos,

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    2. Caro António

      “Quando diz que a razão desta guerra é o Roubo, tem toda a razão. Hitler era obcecado com a ideia de "Living Space". Considerava que os alemães tinham que ter muitos filhos e que ele teria que arranjar espaço para essa gente toda. Por outro lado desejava unificar as tribos germânicas. Por isso as suas conquistas voluntários foram para os territórios onde pessoas de etnia alemã já estavam.”

      Se ler Icebraker, e Wall Street and the Rise of Hitler, por exemplo, os autores contradizem essa versão.
      Outros autores afirmam que a Alemanha estava entrar em mercados tradicionalmente controlados pela França e Inglaterra. Por outro lado estaline estava aflito para se impor e a guerra veio favorece-lo.
      Depois da 1ªG.G. a Polónia moveu-se 300km para oeste e quem ficou a perder esse território foram os alemães, quem ganhou foi a Rússia.

      A URSS “Foi uma superpotência criada com o sangue dos soviéticos mas com as armas e dólares dos americanos.”
      Julgo necessário esclarecer que os ingleses também enviaram muito armamento aos soviéticos. Quanto aos financiadores temos de ter atenção que não eram só americanos. Aliás os americanos, foram e são usados, hoje inclusive, como a força bélica desse poder económico/financeiro, apátrida.

      “Mas isso não retira o brilhantismo do que Churchill foi nos seus "melhores anos".”
      Do meu ponto de vista não se pode excluir os outros anos da vida de um homem e só incluir aquilo que nos convém. Um homem é o resultado de todos os anos da vida que viveu e não só de uns quantos.

      Penso que os outros lideres mundiais desejavam mais a guerra, ou pelo menos tanto, quanto Hitler. Os USA estavam a tornar-se numa potência mundial e queriam tornar-se numa, daí a destruição/ruína da Europa era-lhes benéfico/conveniente. A França e a Inglaterra queriam a destruição da Alemanha para não terem quem lhes fizesse concorrência, tanto na Europa como no mundo. Estaline queria invadir a Europa e levar a revolução russa ao maior numero de países que pudesse. Depois de Hitler destruir a Europa, ele podia entrar por ela dentro como salvador (embora hitler, até certo ponto, lhe tenha frustrado os planos com a destruição do principal exército).
      Um dos livros que fala um pouco sobre isso é o The Origins of the Second World War de A.J.P. Taylor
      ftp://myebooks.dyndns.org/computers/.../history/Taylor%20-%20The%20Origins%20of%20the%20Second%20World%20War%20%281961%29.pdf

      Daí, nada melhor que financiar a subida ao poder de um psicopata, para levar àvante os planos de astronómicos lucros.
      Só em 2006 é que a Inglaterra acabou por pagar as dívidas contraídas para combater na 2ªG.G.
      Tal como o “crash” de 1929 e a depressão de hoje, gera lucros que só daqui a muitas gerações serão pagos. Depois? Bom depois à que continuar a gerar lucros...(Hitler não foi, não é, nem será o único ou último psicopata) Se tiver tempo irei botar faladura (lol) no seu mais recente “post”.

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    3. Faltou algo.
      Como diz no seu último “post”: Só em 2006 é que a Inglaterra acabou por pagar as dívidas contraídas para combater na 2ªG.G.

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    4. Caro Carlos

      Em relação às conclusões de Antony C. Sutton, vou procurar ler os links que me enviou e que agradeço. Esse autor está longe de ser consensual pelo que vi até agora, o que o torna ainda mais interessante.

      Concordo de resto com muitas das coisas que falou e que não se encontravam no texto original. Existia de facto (aliás, existe sempre...) uma luta política, diplomática e económica entre os velhos poderes imperiais (Reino Unido e França), as grandes estrelas modernas em ascensão (os EUA e a URSS) e os restantes aspirantes a potências imperiais (Alemanha, Itália e Japão). A forma de olharem para o mundo era muito diferente uns dos outros. A Inglaterra e a França procuravam manter e consolidar os seus impérios e a sua posição no mundo. Mesmo tendo vencido a guerra, no final o seu poder esfumou-se para as duas novas superpotências. Os EUA, como país, eram profundamente isolacionistas, mas FDR parece ter tido vontade de entrar na guerra antes dos restantes americanos. A URSS tinha objectivos claros de exportar a sua revolução, que se pretendia global. A Alemanha estava decidida a ultrapassar as humilhações do tratado de Versailles, unificar os povos germânicos e recuperar o roubo do corredor de Danzig. A Itália aspirava a ser um império mediterrânico embora não tivesse as condições económicas e militares para o fazer. E finalmente o Japão (tal como Hitler) pretendia literalmente aumentar o seu território para ter espaço para a sua população crescente, conseguir os recursos necessários ao império e manter um controlo absoluto no pacífico ocidental.

      Os líderes de cada um dos países mostraram comportamentos muito diferentes uns dos outros. Churchill era um "warmonger" que tirava prazer das emoções que a guerra lhe dava. Roosevelt teve um grande momento tomar a difícil decisão de se dedicar primeiro à guerra na europa, o que não terá sido muito fácil de aceitar pelos seus concidadãos depois de terem sido atacados pelo Japão. Hitler considerava-se um estratega militar nato e frequentemente desconsiderava totalmente o seu estado maior. Stalin tinha uma capacidade de decisão enorme, provavelmente mais até do que Churchill, mas não tomava nenhuma decisão sem ter ouvido atentamente tudo o que os seus generais lhe aconselhavam. Foi provavelmente o mais inteligente de todos os líderes políticos na forma de conduzir a guerra. Mussolini mostrou-se um líder fraco conduzindo o país a derrotas atrás de derrotas em todas as frentes em que esteve envolvido.

      A parte que não concordo do que escreveu é onde parece dar a ideia de algum tipo de conspiração da alta finança para provocar a IIGM. Tenho a certeza de que muitas empresas americanas beneficiaram com a guerra. Outras nem tanto. Como é normal (e como fez Portugal por exemplo) procurou aproveitar a situação que existiu a seu proveito, mas isso não significa necessariamente que a tenha causado deliberadamente. As humilhantes condições do tratado de Versailles foram em grande parte exigidas pelos vencedores europeus, muito mais do que pelos americanos. E essa será talvez o mais dos triggers para o início da segunda guerra mundial.

      Cmps,

      António

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    5. “Existia de facto (aliás, … ...manter um controlo absoluto no pacífico ocidental”
      Esta seu parágrafo, demonstra, o meu ponto de vista. Culpar exclusivamente a Alemanha pela 2ªG.G. é totalmente errado.

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  3. Caro António

    Do livo de David Irving Churchill's War: Triumph in Adversity (Vol. II )

    In Churchill's first address as prime minister -- the famous "blood, toil, tears, and sweat" speech of May 13, 1940 -- he proclaimed his goal in the war: "You ask, What is our aim? I can answer in one word: It is Victory -- victory at all costs, victory in spite of all terror; victory, however long and hard the road may be."”

    Sobre este bravo incitamento vejamos o que diz Luciu Annaeus Seneca

    “Be wary of the man who urges an action in which he himself incurs no risk.”

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    1. Caro Carlos

      A frase Seneca é brilhante, mas não me parece que seja adequada a Churchill. Churchill tinha experiência de combate, salvo erro quer na IGM quer na guerra dos Boers na África do Sul. Mesmo durante a IIGM queria à viva força liderar a força expedicionário de Dunquerque a partir do navio almirante no canal da mancha, o que lhe foi impedido pelos seus generais e membros de governo. Para além disso, tal como os restantes londrinos esteve durante toda a guerra debaixo de bombardeamentos constantes e não no conforto da Casa Branca.

      Cmps,

      António

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    2. “A frase Seneca é brilhante, mas não me parece que seja adequada a Churchill.”
      Do meu ponto de vista e como refere “Churchill era um "warmonger"”, esta frase aplica-se a todos os que incitam os outros a fazer algo, em que eles também vão beneficiar, mas que não correm qualquer risco, visto não participarem naquilo que incentivam. Ficam nos bastidores.

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  4. Caro António
    Living space
    Se efectivamente era o espaço vital então peço-lhe que considere o seguinte. Antes da Inglaterra ter declarado guerra a Hitler, este nunca exigiu a devolução de quaisquer terras perdidas em Versalhes para o Ocidente. Norte de Schleswig tinha ido para a Dinamarca em 1919, Eupen e Malmedy tinha ido para a Bélgica, Alsácia e Lorena para a França.

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    1. Não se está a esquecer do corredor de Danzig? E da zona desmilitirazada do Rhineland? Ambas tinham sido retiradas à Alemanha no tratado de Versailles.

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    2. “Não se está a esquecer do corredor de Danzig? E da zona desmilitirazada do Rhineland? Ambas tinham sido retiradas à Alemanha no tratado de Versailles.”
      Esqueci-me é verdade. Rhineland englobava essas áreas. Era muito maior. E também há mais territórios.
      Como disse a oeste Hitler não exigiu o retorno dessas terras.
      Há historiadores que afirmam que os alemães que ficaram a viver nos territórios tirados à Alemanha e dados à Polónia, foram sujeitos a tratamentos desumanos e que vilas inteiras foram exterminadas pelos polacos. Criando dessa forma uma justificação para que Hitler invadisse a Polónia.
      Se a verdadeira questão, e esse é o meu ponto, fosse o espaço vital, porque razão Hitler não exigiu os territórios a oeste?

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  5. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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