quarta-feira, 2 de maio de 2012

Líbano - A Guerra de Julho 2006

Depois do Hizbullah raptar/capturar (podem escolher a palavra dependendo da vossa afiliação ideológica ou religiosa) dois soldados israelitas na fronteira entre Israel e o Líbano, Israel inicia uma invasão do Líbano e um ataque total a toda a infraestrutura do Hizbullah, assim como do governo central libanês.

Líbano, 2006
Nesta entrevista à Sky News, canal de televisão pertença do agora caído em desgraça Rupert Murdoch, o deputado inglês George Gallaway desfaz a entrevistadora que se encontrava em Jerusalém do primeiro ao último segundo. Embora não concorde com tudo o que ele diz, a verdade é que diz uma série de verdades extremamente inconvenientes sobre o sucesso do ataque (mais detalhes sobre o falhanço dos tanques Merkava podem ser vistos aqui) e sobre o facto de a entrevistadora declarar que o ataque israelita é legítimo por o Hizbullah ter recebido misseis de média distância do Irão (ao que Gallaway responde com as ogivas nucleares israelitas, que foram recentemente alvo de grande atenção depois do poema de Gunther Grass disponível aqui).

Não me lembro de ver um entrevistador levar tamanha humilhação em directo...


2 comentários:

  1. Boas

    Antes de mais quero dizer começo a ficar mais fã do vosso blogue, tem excelentes vídeos e trata de assuntos bastante curiosos.

    Relativamente a este assunto a minha opinião e a seguinte, esta pequena guerra foi apenas os preliminares para a guerra que andam a prepara contra o Irão. Aquilo a que muitos chamam de ''Primavera Árabe'' é tudo uma farsa, isto serviu apenas para a América e Europa (principalmente a América) impor seu poder e influencia onde não conseguia, (Líbia,Egipto,Tunísia) tentando este por ultimo entrar ou penetrar no poder central da síria.
    Israel continua a abusar de tudo e de todos no médio oriente isso por que é o ''menino bonito'' da América só ele pode ter misseis cruzeiro, bombas atómicas, enfim os israelitas representa a segurança e o pacifismo ao mais alto nível, isso porque nunca as utilizaram (exeçao da bomba atómica). Mas é bom saber que existe HOMENS com esse Senhor aí do vídeo que de forma correcta e sem palpas na língua encarou a mentira em plena hasta pública com a mais pura da VERDADES, sem dúvida nenhuma essa jornalista mereceu ser enxovalhada, e como diz Winston Churchill ''Fanático é alguém que não muda de ideia e não muda de assunto'' esse HOMEM este à altura.

    A Europa está cada vez mais fraca tal como a nossa caríssima América (não me refiro no ponto de vista económico) eles querem apenas se impor não só para mostrar seu poder e influencia, mas também para não mostrar o quanto fracos estão e como dizia Adolf Hitler ''Quando maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada'' reflictam sobre o que de verdade se anda a passar no meio deste teatro tão bem preparado e minucioso.

    Cumprimentos a malta do blogue.

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    1. Caro Anónimo

      Muito obrigado por nos visitar e pelos seus comentários.

      Em relação à Primavera Árabe eu sinceramente acredito que é de facto um movimento popular real e que não foi provocado de fora (pelo menos de fora da região). A reacção de Obama, Hillary Clinton e Joe Biden nos primeiros dias mostrou que estavam totalmente perdidos. Pareciam que andavam sempre com 24 horas de atraso em relação à realidade. O mesmo em relação a Israel e à sua liderança que sempre acusou os países árabes de serem todos ditaduras medievais, mas quando a rua árabe exigiu democracias de verdade entraram todos em pânico. Já tinha tido uma "lição de democracia" quando o Hamas ganhou as eleições na Palestina fair and square, e temiam (com razão) de que a Irmandade Muçulmana e outros partidos islâmicos mais ou menos moderados ganhassem eleições.

      Agora estão sem saber o que fazer, tentam tirar proveito da situação mas não sabem como. Livni (antiga ministra israelita) dizia ontem que precisavam de fazer um acordo de paz sério com a Palestina e normalizar as relações com os seus vizinhos. Existe um sentido de urgência. As ditaduras são mais fáceis de comprar do que as democracias. O novo governo egípcio não poderá fechar as fronteiras de Gaza como o anterior fez. E a Jordânia pode cair. E o Líbano está - como sempre - descontrolado. Vamos a ver o que fazem.

      Israel tem que mudar. Não pode continuar o Apartheid que tem sido nos últimos 70 anos. E o mundo acabará por acordar para isso como fez na África do Sul.

      A Europa... está demasiado preocupada com os seus próprios dramas. Neste momento não consegue verter uma lágrima pelos dramas dos outros.

      Cmps,

      António

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